sábado, 28 de setembro de 2013

Devaneios - I

  Decidi aproveitar esta época do ano para focar minha leitura em livros de romance matemático, como por exemplo O homem que calculava, de Malba Tahan. Ao pesquisar por sugestões de leitura, deparei-me com a escrita abaixo, que muito se assemelha à minha experiência universitária. Excelente leitura para os que não conseguem compreender de onde veio este ser que investe 5 aulas por semana procurando incutir ideias, conceitos e concepções matemáticas.

  "Muito tempo atrás, quando ainda era jovem e idealista, eu acreditava que a lua era de queijo e que existia como ser humano numa sociedade ideal e coerente. De todas as ciências, minha paixão era a matemática. No ano 1970 de nosso senhor, entrei como calouro no curso de Matemática Teórica e Aplicada, e durante quatro anos viajamos por mundos abstratos, maravilhosos e desconhecidos para a maior parte dos mortais.
  Estávamos no ápice do conhecimento. No último ano (quinto), adentraríamos as regiões limítrofes de pesquisa, onde muitos esqueletos apodrecem entre teoremas sem prova e caminhos que terminam em abismos do pensamento.
  Meus colegas do primeiro ano, na sua maior parte, tinham desertado das trincheiras para fazer cursos menos perigosos, como Engenharia, Advogacia e até Medicina, que estudam coisas concretas e seguras. Não que estes cursos sejam inferiores; é que eles não exigem tua sanidade mental.
  Existem muitos tipos de matemáticos: aqueles que irão lecionar, os que farão pesquisa para os governos (Criptografia, Previsões e até trajetórias no espaço), e no final da linha ficam os que foram pegos na armadilha da maldição do saber abstrato, aqueles que tentaram pular no desfiladeiro com a vã esperança de não morrer no final da queda.
No quinto ano, os sobreviventes (na media 3% da turma inicial) escolheriam as disciplinas que iriam definir seu futuro.

  Na mês de janeiro recebemos a lista de disciplinas “finais”, numa folha com três colunas: na primeira o nome do Tutor, na segunda o nome da matéria (Números Transinfinitos, Teoria de Grupos, Teoria de Anéis, Álgebras de Lie e Teoria de Representações, entre muitas quimeras prontas para te devorar), e, finalmente, na terceira, o número de vagas, que sempre era um máximo de duas.
  No primeiro domingo do mês de fevereiro, para nos lembrar que a partir daquele instante não teríamos mais vida pessoal, a “aula magna” foi, como sempre, proferida pelo Dr. Kustonov, russo refugiado que havia fugido do Stálin. A primeira frase era para nos desmontar, fazer com que os novos “gladiadores” pudessem ter uma última chance de desistir: “Senhores, absolutamente tudo o que aprenderam nestes quatro anos, o conhecimento matemático, alicerce de nossa cultura ocidental, está construído sobre fundações falsas, podres, que a qualquer momento podem desabar!” Logo a seguir, nas próximas quatro horas, fazia uma demostração atribuída a Kurt Gödel (que morreu de fome, por vontade pessoal), nos quadros que rodeavam a sala do auditório. De forma bem simplificada, o enunciado dizia que toda teoria matemática baseada em axiomas (por exemplo “a distância mais curta entre dois pontos é uma reta”) fatalmente obterá resultados, nunca demostrados pelos axiomas que sustentam a teoria. Toda teoria matemática é inconsistente!
  Lá pelas sete horas da noite, após a inoculação mortal da aula magna, restava uma única ação: voltar a pé e entrar no bar dos universitários, pedir uma bebida e refletir sobre nossos futuros, alguns sozinhos, outros com seus colegas. Tínhamos duas opções: a primeira era entrar no labirinto abstrato do mundo matemático sabendo que uma vez lá dentro nunca encontraríamos a saída; e a segunda era desistir de uma aventura enlouquecida e procurar praias mais sólidas e menos ariscadas. Menos de 1% dos meus colegas escolheram o caminho desconhecido; o resto, eu inclusive decidiu usar o conhecimento imperfeito (agora sabíamos) no que se denomina  “Matemática Aplicada” (Estatística, Informática ,essas coisas mais simples e corriqueiras).
  O leitor acredita que estou divagando ou brincando, quisera Deus. Vou lhes dar um exemplo. Muitos dos matemáticos que continuaram as pesquisas de Cantor sobre os números transinfinitos, inclusive ele, tiveram um desses finais: suicídio ou loucura! Até existe um documentário da BBC com o titulo de “Matemáticas Perigosas”.
  O romance matemático Tio Petros e a Conjectura de Goldbach trata desse dilema, tomando como linha-mestra a pesquisa infrutífera para provar a famosa conjectura, que na realidade foi inicialmente enunciada por Euler (morreu louco num sanatório). Parece simples de provar, e diz que: Todo número par maior que dois (2) é igual à soma de dois número primos.
  Se o leitor paciente, que chegou até este ponto, quiser testá-la, faça o seguinte: escolha um número par (20, por exemplo) e verá que é igual a (17 + 3), ambos números primos; este comportamento funciona sempre no teste empírico, porém ainda não foi “demostrado matematicamente”. Isto não significa que não tenha solução, esperança que em última instância se transforma numa armadilha."

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

6° Ano - Tarefa [correção e dica]

Como recebi algumas perguntas aqui pelo blog, decidi publicar o arquivo com a tarefa que que lhes entreguei. Neste arquivo, escrevi também a correção dos exercícios já feitos em sala, assim como uma dica para o 14 (que foi o único a mim requisitado por aqui).
Como a tarefa já foi passada ontem, e já deviam ter começado a fazer, não aceitarei novos pedidos com dicas e explicações destes mesmos exercícios, afinal: "tarefa passada no dia, tarefa feita no dia".

PDF

8° Ano - Análise Combinatória I

Preparei este material para auxiliá-los em seus estudos.
Não precisam imprimir, pois receberão uma cópia no início da próxima semana.

domingo, 15 de setembro de 2013

8° Ano - Prova sobre Probabilidades

Boa tarde 8° Ano,
Conforme havia combinado com vocês, estou publicando a prova que vocês realizaram nesta semana (atrasado, eu sei). Procure refazer a prova, mesmo que já a tenhamos refeito em sala, pois é uma forma de estudo e abrange praticamente tudo que vimos em sala, sendo assim também uma atividade de revisão.

Prova

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Tarefa de 03/09 para 09/09 - 6º Ano, Divisão entre decimais [Khan]



Vocabulário:

Desta vez não há vocabulário. E nem teria como, pois não há nada escrito, apenas as contas. Ah, há algo de diferente sim: no terceiro exercício as divisões estão com a chave, porém a forma como eles fazem a chave é diferente da nossa, eles dividem pra cima! Hã, como assim? Explicarei (ou expliquei, depende de quando você está lendo esta postagem) em sala para todos.

Bons estudos.